sábado, 29 de dezembro de 2007

Senta aqui: Poltrona Mole

É o abraço transformado em poltrona, sentencia o designer brasileiro Sergio Rodrigues ao referir-se a sua mais famosa criação, a Mole (ou Sheriff, como é conhecida no exterior). Criado há exatos 50 anos, em 1957, o móvel surpreendeu por reverenciar a identidade nacional, numa época em que predominava a influência estrangeira na decoração das casas do país.

Instado pelo fotógrafo Otto Stupakoff a desenhar um sofá onde pudesse esparramar-se, Sergio misturou o jacarandá a almofadões de couro. Foi necessário um prêmio — o primeiro lugar no 4º Concurso Internacional do Móvel, em Cantu, na Itália, em 1961 — para despertar o interesse dos brasileiros pela poltrona.

Passados 50 anos, a Mole virou um clássico do design brasileiro. Quem quiser ser abraçado por ela não desembolsa menos de R$ 5 mil [veja onde encontrar a peça] — na Inglaterra, um par da poltrona com pufes sai por 9.950 libras, o equivalente a R$ 35,5 mil.


"... Ah, a Poltrona Mole! Quem nunca se sentou numa não sabe o que é...; perdão, na poltrona Mole não se senta, refestela-se, repimpa-se, repoltreia-se. É um regaço de jacarandá, tiras de couro e almofadas, que entrou para a história do mobiliário brasileiro na mesma época, e com a mais força expressiva, da Bossa Nova. Como também fez sucesso no exterior, com o nome de Sheriff Chair, as comparações com "Garota de Ipanema" e Brasília não puderam ser evitadas. Um dos emblemas do fastígio cultural que o Brasil viveu nos anos JK, quando vencemos duas copas do Mundo e inventamos um samba diferente, a revista "Senhor" e o Cinema Novo. A Poltrona Mole foi a resposta que tínhamos para dar à tirania de Bauhaus. Uma Garrincha de quatro pernas driblando o racionalismo teutônico."

Sergio Augusto
Jornalista, O Globo, 6 de setembro de 1997

Como fazer: Para cuidar bem de orquídeas

As orquídeas entraram para a categoria de presentes-curinga: quem não tem idéia do que levar ao aniversário da avó, da sogra ou da chefe aposta logo neste tipo de flor. É aí que começa a dor-de-cabeça das avós, sogras e chefes, que provavelmente não sabem como cuidar das plantas.

O primeiro passo é identificar a espécie da orquídea — normalmente, esta informação vem impressa no vaso ou num folheto preso à flor. As mais comuns são a Phalaenopsis [foto acima, à esquerda] e a Cattleya [foto acima, à direita], que se adaptam bem tanto a casas como a apartamentos.

Elas devem ser cultivadas em casca de madeira (onde normalmente já vêm plantadas) ou em placas de fibra de coco, de preferência em vasos de cerâmica com muitos furos ou de plástico transparente. É necessário regá-las em abundância semanalmente e deixá-las à meia-sombra em ambientes arejados (nunca sob o sol direto). Não coloque pratinhos em baixo do vaso.

Recomenda-se ainda trocar o substrato (a madeira ou a fibra) a cada dois anos e adubá-las quinzenalmente (de início, com uma colher de sopa do composto NPK 30-10-10; três meses antes do período de floração, com o NPK 10-30-15).

Com estes cuidados, a orquídea pode permanecer florida por até três meses e voltar a colorir a casa uma vez por ano. Para ter uma enfeitando a sala o ano inteiro, é só pedir aos netos, genros/noras e funcionários que dêem uma orquídea por mês durante um ano.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Achado: Caixa para esconder a fiação

A tecnologia wireless promete tirar os fios de todos os aparelhos eletrônicos. Enquanto a promessa não vira realidade, segue sendo difícil esconder a fiação da casa. Uma solução é o PowerBlock, do Studio Manzano, espécie de caixa com design arrojado que consegue disfarçar a confusão de fios em torno de um filtro de linha (mais conhecido como régua). O preço é alto: 115 euros na loja virtual Absolument Design — cerca de R$ 296.

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A moda das eco-sacolas

A onda do ecologicamente correto chegou às bolsas. Desde que a designer inglesa Anya Hindmarch lançou com sucesso o modelo de lona "I'm not a plastic bag" ("Eu não sou uma bolsa de plástico"), ideal para carregar pequenas compras, dezenas de outras marcas internacionais passaram a vender sacolas deste tipo. O objetivo é substituir os sacos plásticos, que levam cerca de 500 anos para se decompor.

A cada mês, os supermercados brasileiros distribuem mais de um bilhão de sacolas feitas de polietileno (um produto do petróleo), o equivalente a 66 por pessoa. Além de degradarem a natureza, é impossível negar que são muito feias. Por que, então, não aderir às bolsas de pano?

Ainda é difícil encontrar em lojas do país modelos parecidos com o criado por Anya. Uma exceção é a eco-sacola assinada pela estilista Isabela Capeto [foto à direita], a venda nos supermercados Extra (inclusive online) e Pão de Açúcar. A diferença: enquanto a bolsa inglesa custava cerca de R$ 14, esta brasileira sai por R$ 99,90. A Triton cobra o triplo por sua versão: R$ 299.

Para estimular grifes nacionais a produzirem similares, a secretaria municipal do Verde de São Paulo promoveu a exposição "Eu não Sou de Plástico", reunindo 110 bolsas de compras — ou "shopping bags" — criadas por estilistas brasileiros. Marcas populares, como Marisa, e elitistas, como Reinaldo Lourenço, exibiram seus modelos. Agora é esperar que cheguem às lojas a bons preços. Até lá vale procurar em feiras de artesanato e na internet (aqui, por exemplo).

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Dentro e fora: Casa se une a vale em Portugal

Para quem gosta de estar em contato com a natureza, nada pode ser melhor do que morar em pleno vale. O professor português Júlio Machado Vaz tem o privilégio de viver numa casa encrustrada na Vieira do Minho, em Portugal. O projeto é assinado por Guilherme Machado Vaz e tira proveito da topografia local. São 350 m2: hall de entrada, estar, jantar, cozinha, quatro quartos, dois banheiros, garagem e piscina.

Grandes janelas nos cômodos estimulam a contemplação da bela paisagem. No interior da casa, há poucos móveis, seguindo o estilo minimalista da construção — com fachada em concreto aparente. Cores frias, como o azul e o cinza, dão o tom das paredes internas. O único toque de cor quente fica por conta da cortina laranja que separa dois ambientes do estar.

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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Como fazer: Cerejas e café em arranjos de mesa

Não tem jeito: a maioria dos brasileiros só cumpre suas tarefas em cima da hora. Se você se encaixa nesse perfil, aí vai uma dica para enfeitar a mesa de Natal de um modo diferente, rápido e descomplicado. Encha vasos ou cachepôs de vidro com cerejas ou grãos de café, deixando no centro uma vela ou planta. Em alguns segundos, seu arranjo estará pronto.

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domingo, 23 de dezembro de 2007

Pantone elege o azul a cor de 2008

Tudo azul em 2008: a Pantone elegeu este mês o azul íris (referência 18-3943) a cor do ano que começa em alguns dias. Seria apenas um chute, não fosse a empresa a maior autoridade em cores do mundo e referência na área para as indústrias gráfica, de moda e de design de interiores. Portanto, não estranhe se o azul dominar as campanhas publicitárias, vitrines de butiques e lojas de móveis nos próximos meses.

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Dentro: Arco-íris na estante

Quem guarda muitos livros e revistas sabe: é difícil manter a coleção organizada. Mesmo aqueles que recorrem a móveis criados especificamente para este fim, como as estantes, têm problemas para unir praticidade e beleza. Uma opção pouco explorada e que garante ótimo efeito visual é separar os volumes por cor, formando um verdadeiro arco-íris literário.

A idéia partiu do artista Chris Cobb, em 2004 [foto acima]. Para a exposição "There is nothing wrong in this whole wide world", ele reorganizou 20 mil livros da Adobe Bookshop — em São Francisco (Califórnia, EUA) — de acordo com a cor. A nova formatação foi mantida por poucos dias, o suficiente para inspirar outras pessoas. Veja exemplos nas fotos e inspire-se também!

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Como fazer: Flocos de neve em pleno verão

Quer arrumar a casa para o Natal mas se cansou dos enfeites tradicionais? Ainda dá tempo de pôr a mão na massa (ou melhor, no papel) e criar flocos de neve estilizados capazes de surpreender até o mais criativo convidado da sua ceia.

Para cada floco, só são necessários:

* 3 folhas de papel A4 pesado (tipo cartão, por exemplo): uma folha para os círculos maiores (na foto, em vermelho) e duas para os círculos menores (na foto, em dourado) — branco e prata são outra opção de cor
* Estilete
* Régua
* Cola ou fita adesiva dupla face de 19 mm
* 45 cm de fita

Agora, o passo a passo:

1) Para fazer os círculos maiores, corte o papel em sete tiras de 2,5 cm de largura por 20 cm de comprimento;
2) Para fazer os círculos menores, corte 12 tiras de 2,5 cm de largura por 15 cm de comprimento;
3) Cole (bem, para sua criação não se despedaçar na frente de todos) as pontas de cada tira para dar forma aos círculos. Se preferir, transforme as tiras em pétalas (veja o resultado na primeira foto, no centro);
4) Junte dois círculos pequenos a um grande: um dos pequenos deve ser colocado dentro de um grande e o outro, fora;
5) O círculo grande que sobrar será o centro do floco de neve. Cole em volta dele os outros círculos grandes;
6) Cole também as laterais dos círculos grandes;
7) Passe um pedaço de fita por dentro de um dos círculos e... é só pendurar o seu floco de neve.

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